Olá! Nesse texto falaremos sobre os motivos que tornam o óleo vegetal de semente de uva tão eficiente nos cuidados com a nossa saúde, e o porquê de ele ser um queridinho da aromaterapia.
Também vamos te mostrar a importância de escolher um óleo vegetal de boa qualidade, prensado a frio. E o quanto esse óleo é diferente de óleos refinados e do óleo mineral.
Óleos vegetais prensados a frio x refinados x minerais
Para aplicar a Aromaterapia, utilizamos como carreadores óleos vegetais prensados a frio. Eles normalmente são mais caros, possuem cores mais características, e são armazenados em embalagens de vidro escuro. Em contrapartida, óleos vegetais refinados são aqueles que encontramos em supermercados em embalagens plásticas transparentes, sempre clarinhos. Um exemplo clássico é aquele óleo de soja, de uso culinário. E há também os óleos minerais, que são contraindicados na aromaterapia. Vamos olhar para cada um deles.
Dica: Use as referências ao final do texto para aumentar seu repertório de informações e para tomar decisões com embasamento científico.
a) Óleos minerais
Também são conhecidos como parafinas, vaselinas ou silicones. Eles são extraídos do petróleo, uma fonte natural não renovável, e não sustentável. A indústria consegue manipular as moléculas de hidrocarbonetos que compõe esse material, para produzir óleos com diversas texturas, de super líquido a sólido bem viscoso.
Acontece que o óleo mineral é oclusivo. Isso quer dizer que ele forma uma espécie de filme sobre a pele, como uma barreira mesmo. E que impede a penetração de outros componentes, como os óleos essenciais.
Então qualquer produto que contenha óleo mineral e seus derivados não deve ser usado para aromaterapia, pelo simples fato de que, pela presença deles,os óleos essenciais não irão penetrar na pele. Esse é um dos grandes problemas em adicionar os óleos essenciais em shampoos, cremes, ou outras fórmulas prontas, de mercado: A grande maioria desses produtos contém algum tipo de óleo mineral.
b) Óleos vegetais refinados
Na indústria clássica de óleos vegetais, o objetivo é obter a maior quantidade possível de óleo, mesmo que tenham que abrir mão da sua qualidade. A massa vegetal de onde será extraído o óleo, normalmente formada por sementes, primeiramente é prensada e adicionada de solventes. Então passa por aquecimento excessivo e alterações bruscas de temperatura.
Esse processo gera uma porcentagem grande de óleo vegetal, mas sem qualidade. O calor excessivo e os solventes acabam destruindo as vitaminas e antioxidantes que deveriam estar nesse óleo. O que resta é nada mais do que um líquido gorduroso sem nutrientes.
c) Óleos vegetais prensados a frio
Já o método de prensagem a frio consiste em prensar as sementes contidas no fruto. O óleo obtido da prensagem é filtrado e engarrafado. Simples assim.
Alguns desses óleos prensados a frio, como o de uva e o de argan, ainda passam pelo processo de desodorização. Nesse processo acontece a destilação do produto sob pressão, para que não sejam necessárias altas temperaturas, e com isso são retiradas pequenas moléculas responsáveis pelo aroma marcante do óleo bruto.
O resultado é um óleo 100% puro,de altíssima qualidade, com aroma suave, que preserva na íntegra as suas propriedades medicinais.
Para obter um litro do óleo vegetal de semente de uva Harmonie, são necessários cerca de 30 kg de sementes,produzindo assim um óleo puro com coloração esverdeada.
Óleo vegetal de semente de uva e sua composição
Um óleo vegetal é formado por uma composição de ácidos graxos. Nos aprofundamos mais no tema nesse post. Cada espécie de ácido graxo, na sua proporção característica dentro do óleo, traz benefícios e usos próprios para o óleo vegetal.
Segundo teste cromatográfico, nosso óleo vegetal de semente de uva contém cerca de 48% de ácido graxo linoleico, 39% de ácido graxo oleico, 6% de ácido graxo palmítico, 4% de ácido graxo esteárico.
Com base nisso, podemos afirmar que o óleo de semente de uva pode ser usado para diversas finalidades, entre elas as mais empregadas são:
ÓLEO DE MASSAGEM
O Óleo Vegetal de Semente de Uva conta com a presença de altos níveis de ácido oleico e linoleico, que formam a combinação ideal para o uso em massagens. Por conta disso o óleo desliza, é emoliente e não é pegajoso.
PELE ELÁSTICA
Mantém a elasticidade na pele e evita o aparecimento de rugas e linhas de expressão. O ácido graxo oleico possui como principal propriedade a
restauração da pele. Ele é regenerador profundo de tecidos, capaz de nutrir, tratar linhas de expressão, e promove maciez, umectação e elasticidade.
PROTETOR DE PONTAS
Protege os fios, evita o ressecamento e aparecimento das pontas duplas e também impede que os fios se tornem quebradiços. O ácido graxo esteárico promove uma ação condicionante, com hidratação intensa e proteção para os cabelos.
Como utilizar o Óleo Vegetal de Semente de Uva
Manter a saúde da pele na terceira idade: 30 mL de Óleo Vegetal de Semente de Uva, 3 gotas de Óleo Essencial de Patchouli, 3 gotas de Óleo Essencial de Camomila Romana. Misture bem e aplique uma vez ao dia, principalmente nos braços e pernas, que têm maior propensão ao ressecamento.
Massagem relaxante: 30ml de Óleo Vegetal de Semente de Uva, 3 gotas de Óleo Essencial de Olíbano, 3 gotas de Óleo Essencial de Tangerina e 6 gotas de óleo essencial de Lítsea Cubeba. Misture bem e aplique na região desejada.
Massagem para celulite e retenção de líquidos: 30ml de Óleo Vegetal de Semente de Uva, 6 gotas de Óleo Essencial de Cipreste, 3 gotas de Óleo Essencial de Grapefruit e 3 gotas de óleo essencial de Erva Doce e 2 gotas de óleo essencial de Gengibre. Misture bem e aplique na região desejada uma vez ao dia.
Importância da embalagem
Mas vale ressaltar que só ter certeza de que o óleo foi extraído a frio não garante sua qualidade. Os óleos vegetais prensados a frio só irão manter suas vitaminas, antioxidantes e a clorofila se estiverem armazenados em embalagens de vidro âmbar ou lata específica para essa finalidade.
Você já deve ter ouvido falar que não devemos comprar azeite de oliva em embalagens de vidro transparente nem de PET âmbar ou transparente. Isso se dá justamente pelo fato de que óleo vegetal prensado a frio é cheio de nutrientes, que em embalagens inadequadas oxidam rapidamente, perdendo assim sua propriedade terapêutica. Seria um desperdício! E assim é com todos os óleos vegetais prensados a frio.
Pesquisas demonstram os seguintes resultados quando o óleo vegetal prensado a frio é armazenado em embalagens inadequadas:
Embalagem de vidro ou PET transparente Demonstra degradação acelerada dos componentes. – Clorofila: degradação total em 1 mês; – Flavonoides: degradação total em 2 meses; – Antioxidantes: degradação total em 3 meses. Embalagem PET âmbar Degradação total das vitaminas, flavonoides, antioxidantes e clorofila em até 6 meses de armazenamento. Além disso a coloração fica alterada nitidamente, amarelada e chegando a ficar transparente. |
Cada óleo vegetal, quando prensado a frio, possui uma coloração específica. Buriti e urucum, por exemplo, são vermelho-alaranjados. Açaí é verde escuro. Já o gergelim é amarelinho claro, mesmo prensado a frio com todos os cuidados citados. Todos os óleos vegetais da Harmonie passam pelo processo de cromatografia, que atesta a qualidade do produto. Esse exame está disponível no final da página de cada óleo na nossa lojinha virtual. Veja o óleo de semente de uva aqui.
Saiba mais sobre a composição dos óleos vegetais e sobre como entender a cromatografia de um óleo vegetal aqui.
E você? Já usou o óleo de semente de uva? O que achou da textura, da penetração, espalhabilidade na pele? Conte pra nós a sua experiência.
Referências
DINARDO, J. C. Is mineral oil comedogenic? Journal of Cosmetic Dermatology, n. 4, v.1,p. 2–3, 2005.
SHINAGAWA, Fernanda Branco . Avaliação da composição química de óleos brasileiros de semente de uva (Vitis vinífera L) e seu efeito sobre parâmetros bioquímicos e inflamatórios em ratos. Tese (doutorado). Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental, São Paulo, 2015.
SILVA, Simone Faria. Estabilidade de azeite de oliva extra virgem (Olea europaea) em diferentes sistemas de embalagem. 2011. 123 p. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP.
STREIT, Nivia Maria et al. As Clorofilas, revisão bibliográfica. Ciência Rural, v.35, n.3, mai-jun, 2005.
Texto original por Cristiane Corrêa, junho de 2019