Quando falamos em óleos essenciais (OE) muitas pessoas perguntam se há similaridade entre eles e as essências florais (EF). Os florais e a aromaterapia são ambos terapias alternativas, mas a forma de fabricação de cada um, o modo de utilização, os meios para se chegar à cura, são muito diferentes. Porém um grande objetivo é compartilhado entre as duas terapias: o equilíbrio do ser, a busca por uma vida plena.
Nesse texto vamos conhecer algumas diferenças e similaridades entre eles.
O que são
Óleo essencial (OE) é uma substancia vital aromática encontrada em flores ou outras partes de uma planta. É uma mistura de diversos componentes que estão presentes no vegetal, e que depois de extraídos formam um composto extremamente concentrado.
Uma essência floral (EF) não tem aroma, perfume ou componente químico da planta. É uma impressão da força vital desse vegetal cujas vibrações sutis não são percebidas pelos cinco sentidos. É uma forma muito diluída de extrato de uma planta, feito normalmente em água, extremamente delicada.
Como são preparados
Para a fabricação de um OE a planta passa por um processo de extração, que normalmente é feita por arraste a vapor ou prensagem a frio (no caso das frutas cítricas). Sua proporção na planta é muito pequena (0,1% a 1%, em média), e por isso normalmente se usa uma grande quantidade de matéria vegetal para sua fabricação.
No preparo de uma EF não se perturba a planta. Na maioria das vezes, se usa de uma a três flores em água pura para preparar o que se denomina de “essência mãe”, expondo esse preparado aos rais solares. A essência mãe é diluída posteriormente para preparar as essências estoque. Esse preparo é ritualístico, uma união especial entre o preparador e a “consciência” do reino da natureza.
Origens
O estudo terapêutico dos OEs é conhecido de longa data, já nos primórdios da medicina ayurvédica e chinesa. Grécia e Egito também documentaram usos ritualísticos de OE para saúde e espiritualidade, oferecendo-os aos deuses. Na história do cristianismo, é tamanha a importância dos aromas, que incenso e mirra são utilizados como presentes ao menino Jesus. Nos séculos XVI e XVII a terapia com aromas se propagou com o início das bases científicas. Na década de 1920, em meio ao boom da indústria farmacêutica, o químico francês René Gattefossé usou o termo aromaterapia pela primeira vez, estudando o potencial curativo dos OEs.
As EF foram desenvolvida pelo médico Edward Bach, na década de 1930, na Inglaterra, inspiradas nas clássicas tradições homeopáticas. Para o Dr. Bach, a personalidade da pessoa devia ser tratada, não a doença. A doença seria o resultado de um conflito entre a alma (Eu Superior – a parte mais perfeita do Ser) e a personalidade (Eu Inferior – o que nós somos, no nosso dia-a-dia).
Citações
Gattefossé, sobre a aromaterapia: “Além de suas propriedades anti-sépticas e bactericidas (…), os óleos essenciais possuem propriedades antitóxicas e antivirais, têm uma poderosa ação vitalizante, um inegável poder curativo e extensas propriedades terapêuticas. (…) Hoje, óleos essenciais enriquecem nosso olfato. Usamo-los ‘para o prazer’ e, inconscientemente, para a nossa saúde”.
Bach, sobre a terapia floral: “O sofrimento é mensageiro de uma lição, a alma envia a doença para nos corrigir e nos colocar no nosso caminho novamente. O mal nada mais é do que o bem fora do lugar. (…) O paciente de amanhã deve compreender que ele, e só ele, pode se aliviar do sofrimento, embora possa obter conselhos e ajuda“.
Mecanismo de ação
A aromaterapia se utiliza do aroma dos OEs para promover a cura. Através do olfato ou da absorção cutânea, moléculas de OE chegam ao sistêma límbico, ativando e equilibrando funções físicas, emocionais e vibracionais.
O objetivo da terapia floral é o equilíbrio das emoções. As essências florais são ferramentas para ajudar no processo de mudança e transformação de emoções negativas em neutras – e depois em positivas. A EF trabalha no campo vibracional, mas sua ação no corpo leva a mudanças físicas e emocionais.
Confira o resuminho na tabela abaixo:
OEs e EFs podem trabalhar juntos, atuando num sistema complexo e delicado, cuidando do corpo, dos pensamentos e da alma.
Lindo, né?
Você já teve experiências com florais e aromaterapia? Conta pra gente!
Amei! Sou Terapeuta Floral e estou aprendendo sobre Aromaterapia. Dois mundos Maravilhosos e vocês os descreveram lindamente! Parabéns!
Oi, Simone! Gratidão pelo comentário carinhoso. Seja muito bem vinda na aromaterapia. Um beijo!
Oi adorei a matéria, Parabéns! Sou terapeuta amo aromaterapia e florais.
Juntos então é maravilhoso.
Oi vcs dão cursos de aromaterapia e florais?
Oi, Alessandra. A Harmonie ministra cursos de aromaterapia, do tipo online e presencial.
Oi, gostaria de saber qual a diferença entre o óleo essencial de verbena e óleo de litsea cubeba.
Oi, Ana Paula. Obrigada pela pergunta.
Nesses casos sempre precisamos saber o nome científico das plantas, porque muitas vezes as plantas e, e seus óleos essenciais, possuem nomes populares que se confundem.
A verbena (Verbena officinalis) é endêmica do sul da Europa, e produz muito pouco OE. Por isso seu óleo é caríssimo, muito raramente chega aqui no Brasil.
Aqui algumas empresas vendem a chamada Verbena Brasileira, ou Verbena Índia, que é a Lípia Alba. Ótima para problemas do fígado, também é calmante e antidepressiva.
Já a litsea cubeba é de outra familia de plantas, popularmente é conhecida como verbena tropical, originária da ásia. Ela também tem propriedades calmantes, tratando depressão, ansiedade, insônia e estresse.
Olá, sei que alguns óleos essenciais devem ser evitados por quem usa homeopatia. Gostaria de saber se há algum óleo essencial não recomendado para quem faz uso de florais de bach.
Com florais, até o momento, não conhecemos interações negativas.
olaa, ha interações desfavoráveis entre os florais? ou posso formular entre eles sem problemas?
Olá Robson, até o momento não conhecemos interações negativas da associação entre ambos.